"Em 2024, a hotelaria demonstrou um crescimento médio de 25% em relação ao ano passado, com bom movimento de hospedagens e eventos. Foi um ano desafiador, tivemos que fazer ajustes nos custos, e considerando o mercado de lazer, fomos prejudicados pelos feriados que caíram quase todos em fins de semana. Com uma política mais estável e um mercado crescente, a hotelaria consegue vislumbrar um cenário positivo para 2025", relata.
De acordo com Diego, o Sebrae/PR prestou apoio e suporte para a Rede San Juan Hotéis.
"Por meio de uma consultoria especializada, melhoramos a nossa gestão e identificar oportunidades de mercado e inovar nos serviços. Além disso, através de capacitações em áreas como marketing, alimentos e bebidas e finanças, nos ajudou a fortalecer a competitividade do negócio, aprimorar nossos processos, atrair mais clientes e, consequentemente, aumentar a rentabilidade, contando com uma orientação confiável e adaptada ao setor”, conta.
Turismo diversificado
Com sua diversidade geográfica e cultural, o Paraná exemplifica bem como os diferentes tipos de turismo se manifestam, oferecendo uma ampla gama de atrações que atendem variadas motivações dos turistas, desde aqueles em busca de lazer até os que procuram experiências específicas, como o ecoturismo e o turismo de negócios.
Em termos de turismo internacional, o Paraná se destacou como o quarto estado mais procurado por turistas estrangeiros em 2023, registrando um aumento de 51,4% em relação a 2022. Ao todo, 791.504 turistas internacionais visitaram o Estado, em comparação com 522.832 no ano anterior, segundo a Secretaria de Estado do Turismo (Setur). O número de chegadas de turistas internacionais pelos aeroportos também saltou 203%, passando de 8.380 em 2022 para 25.458 em 2023.
Os dados mostram que o turismo no Paraná é majoritariamente composto por pequenos negócios, alinhando-se com a tendência nacional em que a maioria das empresas do setor é pequena ou média. Segundo a Receita Federal, cerca de 90% das empresas de turismo no Brasil são pequenos negócios, uma característica que se reflete também no Estado.
Recuperação pós-pandemia
Nos últimos cinco anos, a análise da situação das empresas voltadas para o turismo no Paraná revela um panorama de recuperação gradual após a pandemia. Entre as empresas abertas em 2019, 43,19% permanecem ativas, enquanto 36,41% foram encerradas e 20,40% estão inaptas (declaradas inativas pela Receita Federal por não cumprirem suas obrigações fiscais), as empresas criadas em 2020, 44,49% continuam ativas, apesar do impacto da pandemia.
Gislaine Queiroz é CEO da Única Recepção, empresa de eventos com 14 anos de mercado. Crédito: Divulgação
Apesar desta taxa de mortalidade, o setor também demonstra capacidade de resiliência. A média de tempo de vida das empresas voltadas ao turismo no Paraná é de 7,2 anos, indicando que muitas delas conseguem superar os desafios iniciais e se estabelecer no mercado.
Gislaine Queiroz é CEO da Única Recepção, empresa de eventos que atende em todo o Brasil, e destaca o alto número de eventos em 2024.
"Desde que a Única abriu, a gente conta com o Sebrae em nossa jornada. Fizemos um Empretec em 2010, para abrir a empresa. Esse ano, a gente faz 14 anos e somos 'fênix', porque durante a pandemia a gente precisou ficar parado 17 meses. Quando os eventos voltaram, em 2021, estávamos juntos para poder retomar o trabalho. Nos reorganizamos, em 2023 realizamos o planejamento estratégico, que foi essencial para nosso desenvolvimento como empresa. E, em 2024, estamos vendo um crescimento enorme dos eventos", conta. Gislaine destaca que todas as metas desenhadas no planejamento estratégico foram batidas neste ano.
Tendências em alta
O turismo passa por grandes transformações à medida em que os viajantes buscam experiências mais personalizadas, imersivas e tecnológicas. Em 2025, espera-se um foco ainda maior em inovação digital, flexibilidade e experiências culturais autênticas. O estudo traz 16 tendências que moldarão o futuro do turismo, com exemplos práticos e dados do mercado global. Confira algumas:
Turismo personalizado: com o aumento das expectativas dos consumidores, há uma demanda crescente por experiências personalizadas no turismo. De acordo com a McKinsey, 76% dos viajantes relatam frustração quando não recebem ofertas personalizadas.
Microviagens e turismo de proximidade: durante a pandemia, viagens curtas e próximas, conhecidas como microviagens, ganharam popularidade e continuam sendo uma opção preferida. Esse tipo de escapada, geralmente de fim de semana ou “bate e volta”, se consolidou como uma tendência duradoura.
Nômades digitais e flexibilidade de trabalho: o número de nômades digitais aumentou em 49% entre 2019 e 2020, segundo relatório da MBO Partners, e continua a crescer com a ampliação do trabalho remoto. Esses profissionais procuram destinos que ofereçam boa conectividade e espaços adaptados para trabalho.
Turismo sustentável e inclusivo: a sustentabilidade é uma prioridade crescente para os viajantes. Segundo a Booking.com (2023), 69% dos turistas optam por acomodações ecológicas, e 65% preferem estabelecimentos com selos de sustentabilidade.