Os dias ensolarados melhoram o humor e tornam mais prazerosas as atividades ao ar livre. No entanto, a falta de cuidados ao se expor ao sol pode trazer sérias consequências, sendo uma delas o desenvolvimento de câncer de pele. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta o tipo não melanoma como o mais frequente, com uma estimativa de 220.490 casos neste ano, dos quais 1.400 em Curitiba.
“É mais comum na população acima dos 50 anos, porém pode ocorrer em pacientes mais jovens”, afirma a oncologista Noelle Suemi Wassano, da Oncoclínicas Curitiba. A especialista frisa que um estudo da Universidade de Edimburgo (Escócia) e da Universidade de Zhejiang (China), publicado na revista científica BMJ Oncology no ano passado, destacou que nos últimos 30 anos houve um aumento de 79% na incidência de doenças oncológicas em geral na faixa etária abaixo dos 50 anos.
Em relação aos tumores que afetam a pele, a oncologista explica que eles são divididos em dois grupos principais: carcinomas e melanoma, sendo que este, embora mais raro, é grave e muito agressivo. Os carcinomas basocelulares se manifestam como uma lesão plana, firme, pálida ou como uma ferida que não cicatriza; e os espinocelulares possuem a aparência de um nódulo vermelho com crosta ou escama áspera, com crescimento semelhante a uma verruga.
“Na maioria dos casos, os carcinomas são resolvidos com cirurgia. Raramente podem ocorrer metástases, que são tratadas com imunoterapia ou quimioterapia”, destaca Noelle. “Já os melanomas surgem como uma pinta normalmente escura que muda de cor, tamanho ou textura ao longo do tempo. Trata-se de uma doença grave com elevado potencial de metástases”, complementa.
Sobre a Oncoclínicas&Co
Oncoclínicas&Co é o maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina, com um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.900 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico, oferece um sistema completo que integra clínicas ambulatoriais a cancer centers de alta complexidade. Conta com 144 unidades em 40 cidades brasileiras, permitindo acesso de qualidade em todas as regiões que atua, alinhados aos padrões dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.
Com foco em tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas realizou aproximadamente 635 mil tratamentos em 2023. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos principais centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, especializada em bioinformática, em Cambridge, Estados Unidos, e participação na MedSir, dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer, em Barcelona, Espanha. Recentemente, expandiu sua atuação para a Arábia Saudita por meio de uma joint venture com o Grupo Al Faisaliah, levando a missão de vencer o câncer para um novo continente e proporcionando cuidados oncológicos em escala global, ao combinar a hiperespecialização oncológica com abordagens inovadoras de tratamento.
A companhia integra a carteira do IDIVERSA, índice lançado pela B3, destacando empresas comprometidas com diversidade de gênero e raça. Para maiores informações acesse: www.grupooncoclinicas.com
Nos estágios iniciais, os tumores são tratados com cirurgia, podendo ser seguida, ou não, de imunoterapia ou terapia alvo. Nos últimos anos, a terapêutica para a doença em estágio mais avançado teve um importante progresso, com o uso de combinações de imunoterapia, terapia alvo e quimioterapia.
O ABC que identifica as lesões
A descoberta precoce do câncer de pele é primordial para que o tratamento seja bem-sucedido. Para tanto, é essencial prestar atenção a alguns sinais, como cita a oncologista:
- A: Assimetria – metades desiguais em uma pinta ou lesão;
- B: Bordas irregulares – contornos irregulares ou mal definidos;
- C: Cor – presença de várias cores ou tons em um único ponto;
- D: Diâmetro – maiores que 6mm;
- E: Evolução: mudanças nessa aparência ao longo do tempo;
Sempre que essas mudanças forem percebidas, é necessário procurar o dermatologista imediatamente para realizar a dermatoscopia, exame feito com um aparelho capaz de avaliar as alterações de maneira mais precisa. “Se houver suspeita de malignidade ou dúvida diagnóstica, a biópsia será indicada”, afirma a especialista.
Dicas de prevenção
- Evitar a exposição ao sol, sobretudo nos horários em que a incidência dos raios ultravioleta (UV) é mais intensa – entre 10h e 16h;
- Utilizar barreiras protetoras como chapéus de aba larga, roupas com proteção UV;
- Protetor solar deve ter no mínimo FPS (fator de proteção solar) 30, ser reaplicado a cada duas horas e utilizado na quantidade adequada – equivalente a uma colher de chá para o rosto e três de sopa para o corpo. A fotoproteção também deve ser utilizada em dias nublados, pois os raios UV atravessam as nuvens;
- Pessoas de pele, cabelos e olhos claros, e indivíduos com sardas, ou com história familiar positiva para câncer de pele formam a população de maior risco e precisam ter cuidado redobrado;