Milhares de veículos passaram pela balsa que liga Guaratuba e Matinhos no último fim de semana, impulsionados pelos shows do Verão Maior Paraná, e muitos deles foram abordados por empregados da Sanepar com orientações sobre o uso racional da água. Com um folheto com a mensagem "Recicle Atitudes, Cuide da Água!", voluntários falaram com os motoristas e acompanhantes sobre as dicas básicas de economia que devem ser levadas de casa para que a água tratada não falte nas férias.

O grande vilão do desperdício no Litoral são as piscinas infláveis. A orientação é manter a água tratada com hipoclorito, isto é, água sanitária, e fazer a cobertura da piscina para evitar a entrada de sujeiras. “Recomendamos que as piscinas sejam cheias sempre fora do horário de pico, ou seja, antes das 10 horas ou após às 22 horas. E, tratando a água, não é necessário o descarte na temporada”, resume a coordenadora Comercial da Sanepar no Litoral, Michele Ramos Pereira.

Ela explica que ainda estão chegando famílias para abrir a temporada depois de muitos meses com a casa fechada. “A lavagem de calçadas e muros, as limpezas pesadas de imóveis muitos meses fechados são momentos que precisam ser pensados”, alerta Michele. É possível fazer reaproveitamento da água para atividades de limpeza e usar balde ao invés de mangueira.

Outra preocupação para quem chega em janeiro na praia é a lavagem da caixa de água, que ficou parada muito tempo e precisa ser esgotada. A coordenadora explica que a Sanepar mantém campanha anual com as imobiliárias do Litoral incentivando a limpeza das caixas desde setembro, focando nas locações de imóveis por dia.  

“O problema é que temos muitos imóveis cujos proprietários vêm, principalmente do Interior, para passar a virada de ano e aí que vão fazer a faxina e esvaziar a caixa quando está todo mundo demandando muita água”, explica a coordenadora.

A Sanepar calcula um acréscimo de 110% no consumo nos dias de maior movimento, especialmente na virada do ano. Enquanto a média de volume produzido em meses do inverno gira em torno de 45 mil metros cúbicos por dia (m3/dia), as demandas de pico exigem a capacidade máxima de produção que é de 94 mil m3/dia.